A empresa Cettraliq, apontada como responsável por alterar o gosto e o cheiro da água em Porto Alegre, entrou com recurso para aumentar o prazo para remover os efluentes das dependências da companhia, na zona norte da Capital. O motivo, segundo o TJ, é o novo plano de remoção apresentado pela empresa.
A decisão da Justiça, do dia 4 de outubro, determinou que a remoção ocorresse em até 50. O prazo inicial vence nessa quinta-feira (24).
A multa de R$ 200 mil estipulada por dia de descumprimento do prazo está mantida. A Justiça reforçou ainda decisão anterior de que o material contaminado seja destinado a estabelecimento sediado no Rio Grande do Sul ou fora dele que tenha licenciamento ambiental compatível com o tratamento de substâncias com as características dos efluentes.
O Ministério Público instaurou inquérito civil para verificar possíveis causas de alteração do odor e gosto da água distribuída em Porto Alegre. No início de setembro, a Fepam decidiu fechar em definitivo a Cettraliq, que já estava com as atividades paralisadas.
A Cettraliq era responsável por tratar efluentes de indústrias. Segundo o MP, a empresa despejava efluentes sem o tratamento adequado no manancial de captação de água do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE).
O processo corre na 10ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central da Comarca de Porto Alegre.
Em nota, a Cettraliq – Central de Tratamento de Efluentes Líquidos afirma que contratou uma empresa de Santa Catarina para receber e tratar os efluentes que permaneciam armazenados em sua planta em Porto Alegre.
Com isso, a empresa cumpre à decisão da Justiça e encaminha o encerramento dos procedimentos de esvaziamento da planta. A retirada do material começou no dia 16 de novembro, e a estimativa é que o processo leve cerca de 50 dias para ser concluído.
Até esta quarta-feira (23), a empresa já havia retirado cerca de 20% dos efluentes da planta. Apenas nesta quarta-feira, saíram cinco cargas rumo a Santa Catarina.