Quem abre o aplicativo Uber para solicitar uma corrida em Porto Alegre depara com uma modalidade desconhecida até a última segunda-feira: o NovoUBER. A opção, que chama a atenção por estar entre as alternativas UberX e UberBlack, já conhecidas entre os passageiros, é para ser uma demonstração de como funcionaria o serviço caso o projeto de lei do Executivo que regulamenta os aplicativos de transporte individual seja aprovado. A votação deve voltar à pauta da Câmara nesta quinta.
Quem tenta chamar um NovoUBER não consegue, mas é direcionado a uma página que explica o que pode mudar com o projeto que, "na forma como está hoje, cria uma série de prejuízos aos usuários e motoristas parceiros dessas plataformas", diz a empresa.
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No comunicado, o Uber ressalta que, "se este projeto for aprovado, você pode esperar por um sistema muito ineficiente". Os pontos levantados pela empresa citam como "prejuízos" um maior tempo de espera e um serviço mais caro. A ideia do alerta é, segundo o diretor de comunicação da Uber, Fabio Sabba, informar aos passageiros, de antemão, quais seriam as mudanças em caso de aprovação do projeto.
A votação do projeto de regulamentação na Câmara começou no fim de setembro e apreciou apenas uma das iniciais 57 emendas previstas no PL. Uma foi aprovada e outra, retirada, restando 55 emendas para serem votadas. A emenda aprovada por 16 votos a 8 prevê a instalação facultativa de sistema de áudio e vídeo para gravação durante todo o percurso das viagens.
Entre os pontos de que a prefeitura não quer abrir mão estão a permissão da realização do serviço apenas para veículos emplacados em Porto Alegre e o pagamento da Taxa de Gerenciamento Operacional.