Servidores da Polícia Civil e delegados realizam, nesta quinta-feira (1º), operação-padrão em todo RS em função de novo parcelamento de salários pelo governo do Estado. O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (Ugeirm-Sindicato) disse que apenas ocorrências que envolvem crimes contra a vida estão sendo registrados, em algumas delegacias. O registro é feito, ou não, de acordo com o adesão do servidor que atender o caso.
O Chefe de Polícia, Emerson Wendt, garante que a mobilização não afeta de forma significativa a população. Entretanto, um casal de irmãos tentou registrar um assalto ocorrido na região central da Capital no Palácio da Polícia, nesta manhã, sem obter sucesso.
Conforme o sindicato, no Interior e Região Metropolitana todas as 29 regionais aderiram ao protesto. Em Porto Alegre, apenas duas delegacias distritais estariam funcionando normalmente, segundo o presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz.
A presidente da Associação dos Delegados de Polícia do RS, Nadine Anflor, diz que a manifestação dos delegados também tem como motivo o repúdio a manutenção de presos na carceragem do Departamento de Investigações Criminais, na Capital. "Os delegados deliberaram por uma paralisação simbólica, mas não querem deixar de atender a população. Será feito a critério de cada autoridade. Vão atender o que for essencial", afirmou.
A reportagem esteve em quatro delegacias na manhã de hoje. Em todas os servidores explicaram que só registrariam uma ocorrência de roubo de veículo ou mais grave. Assalto em que apenas celulares ou mochilas são levados não seriam registrados.
As unidades visitadas foram a 2ª Delegacia de Pronto Atendimento de Porto Alegre, no Palácio da Polícia, 10ª DP, na Cidade Baixa, 2ª DP, no Menino Deus, e a 11ª DP, no Jardim Botânico.