Pouco mudou da primeira para a segunda semana de monitoramento do Guaíba realizado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Conforme as análises, que avaliam pontos como alcalinidade, condutividade, turbidez, pH, salinidade, temperatura e a concentração de substâncias como cloreto, fosfato e oxigênio dissolvido, o curso d'água mostra grande influência de esgoto sanitário nos pontos monitorados, na zona norte da de Porto Alegre.
Nos resultados das análises mais recentes foi observada uma redução nas concentrações de algumas substâncias monitoradas em relação à primeira coleta, o que, para a Fepam, pode ter relação com a ocorrência de chuva dos últimos dias. As amostras tem sido coletadas em cinco pontos: na foz do Rio Gravataí, na Casa de Bombas nº 5 do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), na casa de bombas da Trensurb, antes e depois da captação de água do Dmae São João/Moinhos de Vento.
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Assim como outros testes feitos pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) e pela Fepam no último mês, o monitoramento não foi capaz de apontar a origem das alterações no cheiro e no sabor da água em diversos bairros da Capital. Os órgãos ambientais afirmam que somente após três meses de acompanhamento terão uma série histórica de comportamento das condições da água do Guaíba que possibilitará uma avaliação mais adequada.
Ainda em busca das causas do problema na água, que persistem há mais de dois meses, a prefeitura iniciou o processo para a contratação de um novo laboratório de São Paulo, que deverá ampliar a busca por possíveis poluentes. A expectativa é que o processo burocrático encerre até o final da semana que vem. A partir daí, a empresa vai agendar uma viagem a Porto Alegre para fazer a coleta de amostras dos pontos indicados pelo Dmae e levará o material para análise em São Paulo. O resultado deve ser apresentado dentro de 10 a 15 dias úteis.