A 1ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre cumpriu, na manhã desta terça-feira (13), um mandado de busca e apreensão na casa de um funcionário da Empresário Pública de Transporte e Circulação (EPTC) suspeito de atrapalhar voos de helicópteros da Brigada Militar e da Polícia Civil, durante protestos na área central da cidade.
O funcionário foi identificado como Daniel Baldasso, 33 anos. Ele é agente de fiscalização, mas, no momento, desempenhava funções no setor administrativo.
Segundo o delegado Paulo César Jardim, o servidor foi flagrado usando um laser - com um faixo verde - para mirar no rosto dos pilotos. Em um dos casos, um tripulante quase perdeu o controle da aeronave enquanto monitorava uma passeata no Centro.
Na casa do suspeito, o aparelho não foi encontrado. Os policiais localizaram, contudo, uma embalagem do produto e equipamentos para recarrega-lo.
Um dos helicópteros chegou a flagrar o suspeito com o equipamento. Um boletim de ocorrência foi feito e através da foto, ampliada, a polícia conseguiu identificar o servidor.
Durante depoimento na manhã de hoje, Baldasso negou o ato. Após depor, o suspeito foi liberado. Conforme o delegado Jardim, ele deu a mesma resposta para todos os questionamentos que lhe foram feitos.
“Fiz 19 perguntas a ele, e 19 vezes ele respondeu 'nada a declarar'. Então é difícil saber o motivo pelo qual ele é suspeito de tomar essa atitude”, relatou.
O servidor será enquadrado no artigo 265 do Código Penal, que é atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública. A polícia espera concluir o inquérito nos próximos dias.
A EPTC informa que vai instalar um procedimento administrativo para ouvir o funcionário. A empresa destaca, no entanto, que os atos não ocorreram durante o horário de serviço dele.