As reivindicações da população pela renovação do degradado Viaduto Otávio Rocha, na Avenida Borges de Medeiros, no centro de Porto Alegre, parecem enfim ter encontrado eco na prefeitura, que revelou as imagens do projeto de restauração da estrutura. O objetivo é transformar o local em um espaço gastronômico e que atraia mais turistas. No entanto, não há um prazo para começar a obra, já que o Executivo municipal ainda precisa obter o dinheiro necessário.
Imagem: PMPA, divulgação
Compare o cenário do viaduto Otávio Rocha em 1932 com o atual
Justiça determina restauração do Viaduto Otávio Rocha em Porto Alegre
O secretário municipal de Obras e Viação, Mauro Zacher, disse que a prefeitura quer atrair um novo comércio, com lancherias, por exemplo, e instalar ali uma sala com controle por câmeras, que poderá ser operada pela Guarda Municipal ou uma empresa terceirizada. A situação dos moradores de rua que ocupam a parte inferior do viaduto ainda será definida. E a permanência dos comerciantes atuais é incerta.
- Será tratada a situação dos moradores de rua nos espaços revitalizados. Não se pode esquecer a questão social. Quanto ao comércio, o município vai ter que ver como manter o existente e instalar o contemporâneo - afirmou Zacher.
A obra, que custará R$ 33 milhões, prevê ainda a solução dos problemas de infiltração, novo revestimento e pintura, restauração das escadarias e dos banheiros, além de instalação de iluminação com lâmpadas de LED e piso acessível. Também será criado um memorial sobre o monumento, entregue à cidade em 1932 e tombado como patrimônio histórico do município em 1988.
O projeto, da empresa Engeplus, é de responsabilidade do engenheiro Luiz Carlos Campos e do arquiteto Alan Furlan, e foi iniciado em outubro de 2012. O valor do projeto ficou em torno de R$ 400 mil.
A restauração do viaduto Otávio Rocha começou a gerar controvérsia em 2004, apenas três anos depois de o monumento ter sido reinaugurado com pompa, em seguimento a demoradas obras de recuperação. Os trabalhos haviam se estendido de 1997 a 2001. Saíram, na época, por R$ 835 mil.
A promessa era que se tratava de uma intervenção profunda. Foram reformados passeios, pisos, revestimentos, esquadrias e instalações hidráulica e elétrica. Também houve restauração da iluminação e reparos na estrutura. Mal a obra terminou, os problemas voltaram com toda a força.
Imagem: PMPA, divulgação