A Polícia Civil prendeu sete pessoas por formação de quadrilha e uma por porte de medicamentos abortivos proibidos em operação policial que fechou uma clínica clandestina de aborto nesta quarta-feira (29), no bairro Floresta, em Porto Alegre. Uma estudante de psicologia, que agenciava os abortos, está entre as presas. Ela foi identificada como Raquel Cristina Silva da Silva, e atendia por Eva. Um dos detidos já havia sido preso também em flagrante em 1994, por prática de aborto. Todos foram encaminhados para o Presídio Central de Porto Alegre e para a Penitenciária Feminina Madre Pelletier. O médico responsável pelos procedimentos ainda é procurado pela polícia.
Operação policial fecha clínica de luxo para abortos na Capital
Gravações revelam atuação de quadrilha que fazia abortos em clínica de luxo
Veja imagens do interior da clínica de luxo para abortos fechada na Capital
Desde 2008, a polícia não fazia uma operação para fechar clínica clandestina em Porto Alegre. Conforme o delegado responsável pela ação, Wagner Dalcin, é muito difícil desarticular quadrilhas como essa, que agem de forma fechada.
Durante cinco meses, a reportagem da Rádio Gaúcha investigou uma rede de médicos, enfermeiros, agenciadores e seguranças que chegavam a realizar até cinco abortos por dia em uma clínica em Porto Alegre. Durante a investigação, a reportagem constatou que essas pessoas atuavam dentro de uma organização criminosa, formada por núcleos na Capital gaúcha e também em São Paulo.
Agenciadores encaminhavam pacientes para a clínica, no Bairro Floresta, e também comercializam medicamentos abortivos para vários estados do Brasil. A reportagem entregou as provas para a polícia, que cumpre busca e apreensões nesta quarta-feira.
De acordo com a Secretária Estadual da Saúde, apenas neste ano 5.343 mulheres buscaram atendimento médico por complicações decorrentes de abortos espontâneos e ilegais.
Veja imagens da clínica: