A revista íntima aos visitantes do Presídio Central de Porto Alegre deve acabar a partir do dia 1º de dezembro. A decisão é do juiz da Vara de Execuções Criminais (VEC), Sidnei Brzuska, a partir de um pedido de uma mulher, que teve parecer favorável do Ministério Público. A intenção é evitar constrangimentos aos visitantes e preservar os direitos humanos, segundo Brzuska.
A medida pode ser adotada em outras cadeias. Porém, é preciso que os visitantes encaminhem queixas ao Ministério Público. Esses pedidos serão avaliados nas demais Varas de Execuções Criminais do Rio Grande do Sul.
A revista deve ser feita por scanners corporais, detectores de metais e aparelhos de raios-X. Em caso de desconfiança, de que o visitante esteja portando objeto ou substância ilícitos, identificada durante o procedimento de revista mecânica, o visitante poderá ser impedido de entrar no estabelecimento prisional. Caso insista na visita, a pessoa deverá ser encaminhada a um ambulatório onde um médico realizará os procedimentos adequados para averiguar a suspeita.
Segundo a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), a revista íntima não é realizada nas cadeias há alguns anos. Somente em casos extremos de desconfiança, os visitantes passam por esse procedimento. Porém, o juiz Sidnei Brzuska frequentou a sala de recepção de visitas durante alguns dias e colheu relatos diferentes das pessoas que aguardavam para entrar na cadeia.