O Gaúcha no Pedal fez nessa semana o teste de integração da bicicleta com os modais hidroviário, ferroviário e rodoviário de Porto Alegre. E o que pode-se constatar é que ele funciona perfeitamente no catamarã. O barco tem espaço pra pelo menos cinco bicicletas, e se precisar levar mais, a tripulação garante dar um jeito. Um funcionário prende a bike no embarque e solta no desembarque. Só não tem bicicletário, nem no terminal de Porto Alegre, nem no de Guaíba.
Na integração da bicicleta com o trem, funciona parcialmente. Isso porque existem horários específicos para entrar com a bike nos vagões: de segunda a sábado é das 9h30 as 11h, das 14h as 16h, e das 21h e 23h20. Justamente nos horários de pico, não é permitido.
A Trensurb informa que as 15 novas composições, que começam a chegar em maio, virão com suporte para bicicleta. As estações de Novo Hamburgo e São Leopoldo são as únicas que tem bicicletários. Segundo o assessor operacional da Trensurb, José Adriano Santo, a empresa estuda implantar os equipamentos nas demais estações. E a restrição do horário para as bicicletas pode ser revista: "quando chegarem os novos trens, é possível que se reveja esses horários, mas nunca nós colocando a segurança e o conformo de milhares de pessoas em detrimento de uma pessoa só", argumenta.
No aeromóvel, não há qualquer restrição, e a reportagem entrou com a bicicleta no veículo sem problemas. Já a integração da bicicleta com o ônibus não existe. Nenhum terminal rodoviário de Porto Alegre tem bicicletário, por exemplo. Também não há suporte para nos ônibus.
Segundo o gerente de projetos da EPTC, Antônio Vigna, existem apenas projetos: "por enquanto, a gente está restrito, fazendo essa expriência com o Bike Poa. As estações foram colocadas em alguns lugares tentando chegar nessa ideia da integração modal. Elas são limitadas nas 40 estações, nem todas conseguiram atingir. O que a gente tem é estudo, interessados, e a gente tenta viabilizar".
Confira o teste feito pela reportagem da Gaúcha: