O Ministério Público Estadual instaurou um procedimento extra-judicial para averiguar o bloqueio realizado por grevistas em frente aos hospitais do Grupo Hospitalar Conceição nesta sexta-feira (28). Pela manhã, a diretoria do Grupo pediu apoio à Promotoria de Direitos Humanos do MP e à Justiça do Trabalho para liberar a entrada da emergência e ambulatório, que estavam fechados ou controlados por servidores em greve.
Segundo a promotora dos Direitos Humanos, Liliane Dreier, no fim da tarde de hoje, os representantes dos sindicatos envolvidos na paralisação foram chamados para uma nova reunião na próxima segunda-feira (31).
"O direito à saúde e o direito à vida deve prevalecer, porque é dever do Estado proteger a saúde do cidadão em todos os hospitais onde estão sendo efetuados esses movimentos grevistas. Não poderia haver a obstaculização do acesso aos usuários do Sus às consultas e atendimentos, sejam de urgência, emergência ou de qualquer outra natureza. Então, nós pretendemos na próxima segunda-feira, conversar com os representantes do sindicato e esparamos que eles estejam à disposição", analisa a promotora.
Esse é o segundo encontro promovido pelo Ministério Público. Segundo Liliane Dreier, na quinta-feira (27), um encontro entre sindicato dos servidores do Hospital de Clínicas e Promotoria de Direitos Humanos acordaram em não realizar mais bloqueios em frente ao local. Hoje, os servidores do Clínicas novamente aderiram a greve, mas sem prejudicar a entrada de pacientes graves.
No Grupo Hospital Conceição metade das cirurgias eletivas foi cancelada por falta de profissionais. O Sindicato dos Servidores da Saúde afirmou que a categoria permanece em greve por tempo indeterminado, até uma posição da diretoria. Eles reivindicam melhores condições de trabalho.