Nesta terça-feira (17), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, fez um balanço de 2024 e projetou a atuação do governo estadual no próximo ano, no evento Cenários 2025, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre.
O encontro foi realizado no Instituto Caldeira, na zona norte da Capital, e recebeu convidados para discutir perspectivas políticas e econômicas no Estado e no Brasil.
Leite detalhou o trabalho do Executivo na enchente e a elaboração do Plano Rio Grande, conjunto de ações que já destinou R$ 4,1 bilhões para a retomada, reconstrução e resiliência climática do Estado.
Segundo o chefe do Executivo gaúcho, as ações de retomada beneficiarão setores estratégicos para o desenvolvimento gaúcho. Como exemplo, citou o caso da fábrica da Coca-Cola em Porto Alegre, atingida pela cheia em maio, que será reconstruída como uma das “mais modernas da empresa no país”, nas palavras dele. Cenário similar ocorre com a destinação de R$ 731 milhões para a melhoria da navegação gaúcha.
— As obras movimentam nossa economia direta ou indiretamente, o que traz como benefício a logística melhorada, reduzindo custos. Nos próximos anos, esse investimento trará melhores condições, geração de emprego, compra de maquinários, materiais e insumos. Depois da reconstrução, teremos um Estado melhor do que tínhamos antes — pontuou.
Leite também defendeu que a atuação estadual frente às mudanças climáticas seja constante no longo prazo, com medidas efetivas e investimentos em prevenção, mitigação e resiliência.
— Não sabemos quando virá outro evento climático extremo, então temos de estar preparados. Precisamos ter governança que envolva a sociedade civil para que o próximo governador mantenha um grau de coerência nas ações de proteção e resiliência do Estado, para que não seja um eterno recomeço desse processo — pontuou.
O governador também abordou a dívida do Estado com a União. O pagamento foi suspenso por três anos em razão da enchente; por esse período, o valor pago será destinado para a reconstrução do RS, o que deve gerar um recurso próximo de R$ 14 bilhões no período, segundo o cálculo do governo estadual.
Leite celebrou que o valor será destinado para a infraestrutura e não para "evitar o colapso" das contas públicas, o que, segundo ele, ocorreu no passado.
— Não quer dizer que todos os problemas estejam resolvidos, mas agora conseguimos conviver com eles. O Estado veio para o presente. Nesses últimos dois anos que me restam como líder, nosso principal eixo de atuação é o futuro — acrescentou.