O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, evitou falar sobre depoimentos colhidos pela PF com a ex-mulher do homem apontado como responsável pelas explosões ocorridas na noite de quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes. Rodrigues, no entanto, confirmou um vídeo nas redes sociais publicado pela ex-companheira do autor do atentado, Francisco Wanderley Luz, em que ela diz que o alvo do ataque seria o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
— O áudio da ex-esposa do autor do atentado é muito categórico, e há outras mensagens de redes sociais, inclusive enviadas ao STF ameaçando a Corte como um todo. A fala da senhora é que o alvo dessa pessoa era o ministro Alexandre de Moraes — disse.
O diretor-geral da PF afirmou que a investigação vai confirmar se o alvo era, de fato, o ministro do Supremo e também disse que equipes já estão em campo, coletando informações, para que seja conseguida uma resposta em um curto espaço de tempo.
De acordo com a polícia, não está descartada a possibilidade de que Francisco estivesse envolvido no 8 de Janeiro. Segundo o diretor-geral da PF, familiares disseram que o autor estava em Brasília no começo de 2023.
Rodrigues disse também que um dos elementos que aponta uma relação direta entre esses episódios é um escrito na casa em Ceilândia, alugada por Wanderley, que faz referência a uma participante do ato de 8 de Janeiro.
O diretor-geral da PF disse que as bombas no carro que explodiu no estacionamento da Câmara dos Deputados foram detonadas de maneira remota e eram fogos de artifício. Passos relatou, ainda, ter recebido informações nesta quinta de que há novas ameaças enviadas ao STF.
Questionado sobre um drone que caiu nos arredores da Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira, o diretor-geral da PF disse que "aparentemente" não há relação do episódio com as explosões na Praça dos Três Poderes.