O governador Eduardo Leite valorizou, nesta sexta-feira (7), o anúncio feito no dia anterior pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de um programa para manutenção dos empregos no Rio Grande do Sul. Leite, contudo, disse que, em uma primeira leitura, o programa parece insuficiente e não dá conta de toda a demanda para proteção de emprego desejada pelo Estado.
— Vamos ter que aguardar para poder fazer uma avaliação mais direta. É um passo importante, que a gente saúda, mas ainda não temos condição de fazer uma avaliação mais profunda. Ainda parece insuficiente — disse Leite.
Durante visita ao Vale do Taquari, nesta quinta-feira (6), o presidente Lula anunciou um programa voltado a trabalhadores de empresas atingidas pela enchente. O governo federal assumirá o pagamento de parte dos salários dos trabalhadores de empresas privadas gaúchas, por dois meses. Podem ser beneficiados até 434 mil vínculos de trabalho no Estado.
Segundo o governador gaúcho, em uma primeira análise, dois pontos preocupam. O primeiro é o período durante o qual o governo federal pagará os salários da iniciativa privada afetada diretamente pelas águas. O segundo, o fato de que empresas que não foram diretamente afetadas pela enchente não poderão acessar o programa.
— Pelo que vi, está se restringindo (o programa) a dois meses. Trabalhávamos (com a expectativa) de três a quatro meses de pagamento desses salários (pelo governo federal). E também sem a restrição de valor no salário mínimo. Também tem o ponto de que tem empresas que não estão nas áreas alagadas, mas que serão impactadas — disse Leite.
