O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski será o novo ministro da Justiça e da Segurança Pública, afirmam os jornais Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo. A imprensa do centro do país aponta que ele aceitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir Flávio Dino, que em fevereiro assumirá uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo os portais, Dino e o magistrado aposentado se reuniram com Lula na noite desta quarta-feira (10) no Palácio da Alvorada, em Brasília. A expectativa é que a nomeação seja anunciada nesta quinta, em reunião às 11 horas, no Palácio do Planalto.
O Globo aponta que para assumir a função, Lewandowski precisará de desincompatibilizar de algumas funções que hoje ocupa, como integrante do conselho jurídico da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e membro do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul.
Na manhã de quarta-feira (10), ministros do STF foram avisados da decisão. O anúncio ainda não havia sido feito porque Lewandowski havia pedido um prazo para definir os seus auxiliares na equipe.
O ministério não será dividido e a Segurança Pública continuará sob a alçada da Justiça. Lewandowski sempre foi contra essa separação. Em conversas reservadas, ele chegou a dizer que o desmembramento do Ministério da Justiça não era uma operação tão simples como "tirar um paletó" porque as estruturas são interligadas. Além disso, ele concorda com Dino, que sempre afirmou que um ministro sem o comando da Polícia Federal fica enfraquecido.
Escolhido por Lula, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, continuará à frente da corporação. O ex-deputado Wadih Damous (PT), secretário nacional do Consumidor, também deve continuar na equipe.