O presidente em exercício Geraldo Alckmin afirmou, neste sábado (9), em entrevista à Rádio Gaúcha, que o governo federal deseja que se faça justiça garantindo o direito à defesa, no caso da delação premiada Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao ser questionado sobre desdobramentos da delação, Alckmin afirmou que não deseja mal a ninguém e espera apenas o cumprimento da lei.
— O Poder Judiciário é um outro poder, baseado na lei, baseado na Constituição. E o que todos nós queremos, para todo mundo, é que haja direito de defesa e que haja justiça. É isso que se deseja, né? Ninguém quer mal para ninguém. O que nós queremos é: cumpra-se a lei. É muito importante cumprir a lei, cumprir o que está na Constituição, dar direito de defesa e exercer a justiça. É isso que se deseja — disse Alckmin, ao fim da entrevista.
Neste sábado, o ministro do STF Alexandre de Moraes homologou o acordo de colaboração premiada de Cid. O ministro também concedeu liberdade provisória ao ex-auxiliar direto de Bolsonaro, mediante o cumprimento de medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica.
A homologação ocorre após Mauro Cid fechar o acordo de delação com a Polícia Federal. A delação refere-se ao inquérito das milícias digitais, que apura a existência de uma organização criminosa que teria a finalidade de ameaçar o Estado Democrático de Direito — e inclui outras apurações como a suposta venda irregular de presentes oficiais e joias recebidos durante o governo Bolsonaro.