A CPI do 8 de Janeiro decidiu dar tratamento especial à documentação encaminhada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As provas reunidas pelo ministro Alexandre de Moraes serão consideradas ultrassigilosas e serão acondicionadas em uma sala-cofre no subsolo do Senado.
A sala-cofre foi reformada em outubro passado e conta com medidas de segurança reforçadas, como detectores de metais, câmeras e controle de acesso. Conforme o jornal A Folha de S. Paulo, os documentos sigilosos só poderão ser acessados por parlamentares e servidores credenciados, que deverão deixar seus celulares e dispositivos eletrônicos do lado de fora.
A decisão de dar tratamento especial à documentação do STF foi tomada após o vazamento de informações sigilosas durante a CPI da Covid. O ministro Ricardo Lewandowski chegou a advertir o Senado e o presidente da CPI, Omar Aziz, sobre o vazamento de informações sob sigilo relativas à então secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, conhecida como "capitã cloroquina".
O presidente da CPI do 8 de Janeiro, Arthur Maia, afirmou que confia na palavra do ministro Alexandre de Moraes e está convencido de que ele compartilhará a documentação sigilosa com a comissão.
A CPI tem prazo até 21 de março para concluir suas investigações.