Um grupo invadiu a fazenda da família da senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura do governo Bolsonaro, na madrugada deste domingo (30). Segundo a assessoria da parlamentar, os "invasores sem-terra" tentaram ocupar a propriedade, mas se retiraram ainda pela manhã, após intervenção da Polícia Militar. Em nota, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) negou envolvimento com o o ocorrido.
"Na madrugada deste domingo (30), um pequeno grupo de invasores sem-terra tentou ocupar a fazenda da família da senadora Tereza Cristina (PP-MS), localizada em Terenos (MS), a 25 km de Campo Grande. Eles se retiraram ainda pela manhã, pacificamente, após intervenção da Polícia Militar", diz nota divulgada pela assessoria de Tereza Cristina.
O MST negou que tenha relação com a ocupação da fazenda de Tereza Cristina. "Ainda que seja figura proeminente do agronegócio e tenha em seu histórico a condução do Ministério da Agricultura durante o governo Bolsonaro, o MST não organizou nem apoiou nenhuma ação em latifúndios da senadora".
O movimento também rechaçou a "tentativa de vincular a luta do MST à ação ocorrida na propriedade ligada à senadora" e afirmou que "tais vinculações só servem para incitar a sociedade contra a luta legítima do Movimento".
O episódio ocorre num momento de tensão entre o MST e o Congresso. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), leu nesta semana o requerimento de criação da CPI do MST. A comissão conta com a articulação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que protesta contra a onda de invasões de propriedades rurais deflagrada neste mês. Os ruralistas acumulam atritos com a gestão petista nestes primeiros três meses.