Foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quebra do sigilo das imagens obtidas pelas câmeras de segurança de circuito interno do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, data em que golpistas invadiram e depredaram o prédio.
Foi determinado ainda por Moraes que a Polícia Federal (PF) ouça servidores do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que estavam no palácio durante a invasão. As informações são do portal g1.
Moraes é relator de investigações sobre os atos golpistas de janeiro. A ação de servidores do GSI entrou no foco da discussão política em Brasília nesta semana após o vazamento de imagens do circuito interno que mostram o ex-ministro da Pasta, general Marco Edson Gonçalves Dias, circulando entre os invasores extremistas.
Na quarta-feira (19), Gonçalves Dias pediu demissão do cargo de ministro-chefe do GSI. Ele é o primeiro ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a cair em pouco mais de cem dias de mandato.
As imagens mostram servidores do GSI conversando com os extremistas. Um deles, um major do Exército, oferece água aos invasores.
"Determino a quebra do sigilo da divulgação das imagens do dia 8 de janeiro do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto em poder do GSI, com o envio a esta Suprema Corte, em 48 horas, de todo o material existente, observada a preservação integral das imagens, que será aferida em posterior perícia, para efeito de preservação da cadeia de custódia", escreveu Moraes.