O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva formalizou na quarta-feira (19) no Diário Oficial da União (DOU), em edição extraordinária publicada à noite, a exoneração do general Marco Edson Gonçalves Dias, o G. Dias, do cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Dias pediu para deixar o posto depois da divulgação na imprensa de vídeos mostrando agentes do GSI supostamente deixando o Palácio do Planalto à mercê dos vândalos que o invadiram em 8 de janeiro deste ano. O militar aparece nas imagens.
A mesma edição do DOU nomeou o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, para comandar o GSI interinamente. O secretário executivo do GSI, o general Ricardo José Nigri, que poderia ficar na função, pelo menos temporariamente, como é legal e de praxe, também foi desligado do órgão, segundo o Diário Oficial, "a pedido".
Cappelli terá o cargo de ministro e também de secretário executivo do GSI, ao mesmo tempo que continuará atuando como "número dois" da pasta da Justiça, liderada pelo ministro Flávio Dino.
Em janeiro, Cappelli foi nomeado interventor na área de segurança pública do Distrito Federal, após os atos golpistas. Ficou na função até 31 de janeiro.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, disse na quarta a jornalistas que Cappelli desempenhou um papel "muito importante como interventor aqui na segurança pública".
— Portanto, ele foi convidado e aceitou o convite — acrescentou Pimenta, informando ainda que Cappelli ficará responsável pelo GSI até a volta de Lula a Portugal.