Em razão do grande número de prisões realizadas após os atos antidemocráticos contra os três poderes em Brasília, no último domingo (8), órgãos públicos ligados ao sistema de Justiça têm feito chamamentos para dar conta da demanda de trabalho.
Pelo Ministério Público Federal (MPF), são dezenas de procuradores da República que se juntam à força-tarefa para conduzir os processos ou participar das audiências de custódia. Oito membros do MPF no Rio Grande do Sul vão participar dos trabalhos referentes aos inquéritos e ações na capital federal.
São eles: Fabiano de Moraes, Cinthia Gabriela Borges, Ricardo Gralha Massia, Amanda Gualtieri Varela, Jerusa Burmann Viecili, Pedro Henrique Oliveira Kenne da Silva, Celso Antônio Três e Bruna Pfaffenzeller.
O procurador Celso Três explica que, num primeiro momento, a atuação será somente nas audiências de custódia e não haverá a necessidade de deslocamento para a capital federal, já que ocorrerão por meio virtual.
Cerca de 1,5 mil pessoas foram presas desde 8 de janeiro, parte já liberada “por questões humanitárias”. Segundo a polícia, os liberados são, em geral, idosos, pessoas com problemas de saúde, pessoas em situação de rua e mães acompanhadas de crianças. As penas, dependendo do enquadramento de cada, pode chegar a 30 anos de prisão em caso de condenaçao. Entre os crimes, está “abolição violenta do Estado democrático de Direito”.