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A Esplanada dos Ministérios, em Brasília, será fechada na tarde desta quarta-feira (11) para evitar que manifestantes golpistas acessem a Praça dos Três Poderes. O anúncio foi feito no final da manhã pelo interventor federal na Seguranca Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli.
Acompanhado da cúpula da Segura Pública, Capelli garantiu:
— Os atos de vandalismo de domingo não se repetirão. Todo efetivo da Segurança Pública foi mobilizado. A lei será cumprida.
Manifestantes bolsonaristas anunciam para esta quarta-feira atos em várias capitais do país, incluindo o Distrito Federal. O ato denominado pela Retomada do Poder está previsto para as 18h em Brasília.
No último domingo (8), uma horda golpista invadiu e depredou o o Palácio do Planalto, o plenário do Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. A facilidade com que eles ingressaram nos prédios mais importantes da República colocou em xeque a cúpula da segurança e resultou no pedido de prisão do ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres e no afastamento do governador Ibaneis Rocha.
O bloqueio do Eixo Monumental ocorrerá na altura da Estação Rodoviária. Além do bloqueio, manifestantes serão revistados durante os protestos.
— O direito à livre manifestação não se confunde com terrorismo, com ataques à democracia. Os golpistas serão tratados com o rigor da lei — disse o interventor.
No despacho do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, que determinou a prisão do ex-secretário Anderson Torres, o ministro alerta que a conduta do ex-secretário colocava em risco a vida do presidente, de ministros do Supremo e da congressistas.
Ainda sobre o ex-secretário Anderson Torres, Cappelli disse que na cerimônia de posse, coordenada pela antiga gestão da segurança, “ocorreu tudo bem”.
— Mas no dia 1º assumiu o ex-secretário, trocou toda a cúpula da segurança, colocou pessoas de sua confiança e foi para os Estados Unidos de férias. No domingo, aconteceu o que aconteceu. É coincidência? — questionou Capelli.
Durante a coletiva, o interventor foi questionado se ainda há risco à integridade física do presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva. De forma seca e objetiva, Capelli respondeu:
— Não.