Simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inconformados com a derrota dele na tentativa de se reeleger em 2022, realizam atos em frente a refinarias no país. São realizados protestos contra o resultado do pleito em frente à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas (RS), e próximo à Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP).
No Rio Grande do Sul, as mobilizações começaram ao anoitecer de sábado (7), concentram algumas dezenas de pessoas e são monitoradas pela Brigada Militar e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os manifestantes se aglomeram em frente à Refap, sem bloqueio dos portões de refinaria. A concentração foi de no máximo 60 pessoas por volta das 22h30min, baixando para cerca de 10 pessoas na manhã de domingo (8), conforme contabilidade da BM. Alguns manifestantes dormiram numa barraca.
Os participantes estendem faixas convocando para uma possível greve geral e paralisação de refinarias. Usam também grupos de WhatsApp, com intenção de buscar apoio. Algumas postagens indicam a greve geral para os dias 7 e 8 de janeiro (sábado e domingo), propondo o fechamento de empresas, indústrias, fábricas e comércios. Outras, sinalizam uma paralisação geral a partir de segunda-feira (9), por 72 horas.
Não há registro de incidentes, até o momento.Caravanas com apoiadores do ex-presidente chegaram também no acampamento golpista montado na frente do Quartel do Exército, em Brasília. A previsão é de que ao menos 11 ônibus cheguem à capital federal durante este fim de semana. O ministro da Justiça, Flávio Dino, autorizou o uso da Força Nacional na segurança contra ameaças à democracia. O objetivo é evitar protestos violentos na Esplanada dos Ministérios. O reforço na segurança local vai até segunda-feira (9).