O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou no início da noite deste sábado (7) ter assinado portaria que autoriza a atuação da Força Nacional em Brasília diante de "ameaças veiculadas contra a democracia". Segundo o ministro, que publicou a informação nas redes sociais, a unidade irá auxiliar as forças federais de segurança que já atuam na capital do país.
"Além de todas as forças federais disponíveis em Brasília, e da atuação constitucional do Governo do Distrito Federal, teremos nos próximos dias o auxílio da Força Nacional. Assinei agora Portaria autorizando a atuação, em face de ameaças veiculadas contra a democracia", escreveu o ministro.
A portaria publicada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública autoriza a atuação da Força Nacional em Brasília por três dias, entre sábado (7) e segunda-feira (9), e permite que a unidade auxilie na proteção da ordem pública e do patrimônio público e privado entre a Rodoviária da capital federal e a Praça dos Três Poderes, o que compreende a Esplanada dos Ministérios. "Assim como na proteção de outros bens da União situados em Brasília", diz o texto assinado por Flávio Dino.
Mais cedo no sábado, Dino já havia recorrido às redes sociais para comunicar que transmitiu orientações à Polícia Federal (PF) e à Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre o que chamou de "suposta 'guerra' que impatriotas" planejam fazer em Brasília. Ele também teve conversas com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e com o ministro da Defesa, José Mucio, sobre o assunto.
"Sobre uma suposta 'guerra' que impatriotas dizem querer fazer em Brasília, já transmiti as orientações cabíveis à PF e PRF. E conversei com o governador Ibaneis e o ministro Múcio", disse no Twitter. Circulam nas redes sociais o agendamento de atos em Brasília por aqueles que não aceitam o resultado das eleições que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva, com incitação a ações golpistas, que falam em "tomada de poder".
De acordo com o governo, a Força Nacional de Segurança Pública tem efetivo composto por bombeiros, policiais civis, militares e peritos, com atuação em 11 Estados na preservação da ordem pública, na segurança de pessoas e de patrimônio e em emergências e calamidades públicas.