O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou, em postagem em rede social, que está em diálogo com os diretores gerais da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal neste sábado (7) para definição de "novas providências sobre atos antidemocráticos que podem configurar crimes federais".
O ex-governador do Maranhão anunciou que devem ser realizadas novas diligências por meio de suas redes sociais. "Pequenos grupos extremistas não vão mandar no Brasil", afirmou na mesma publicação.
Esse diálogo teria como motivação atos políticos que acontecem em São Paulo e outras cidades, como afirmou Dino nesta manhã: "Reiteramos que liberdade de expressão não abrange agressões físicas, sabotagens violentas, golpismo político, etc. Recomendo que pessoas agredidas procurem imediatamente Delegacias da Polícia Civil para registro da ocorrência, se possível com imagens."
O ministro também afirmou que atuará diretamente a respeito de crimes que sejam de competência federal e orientou que as pessoas que registrarem ocorrências levem, posteriormente, os registros ao conhecimento do Ministério Público.
Relatório mostra desmobilização de acampamentos bolsonaristas
O Exército enviou um relatório para a primeira reunião ministerial do novo governo de Luis Inácio Lula da Silva, mostrando grande desmobilização dos acampamentos bolsonaristas no entorno de quartéis.
O número de pessoas aglomeradas na porta das unidades militares caiu de 43 mil para cerca de 5 mil. Os dados atualizados foram apresentados a Lula pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
O ministro recebe diariamente um boletim sobre o monitoramento de inteligência do Exército. Os levantamentos mais recentes indicam uma concentração maior em São Paulo, com 500 pessoas. Em Brasília, ainda há cerca de 200 na área em frente ao Quartel-General. Também existe um foco no Mato Grosso do Sul, região com forte influência econômica de produtores rurais e do agronegócio.
O desincentivo teria sido, no entendimento de José Múcio, a saída do Brasil do ex-presidente Jair Bolsonaro e o pedido do ex-vice-presidente Hamilton Mourão para que os "patriotas" voltassem a seus lares.