Marcada para as 10h deste domingo (1º), a posse de Eduardo Leite como governador guarda circunstâncias distintas. Ao tempo em que será a primeira vez desde a redemocratização que o Rio Grande do Sul reelege a mais alta autoridade do Estado, pela última vez um governador toma posse no primeiro dia do ano. A partir de 2027, o ato ocorrerá sempre em 6 de janeiro, um dia após a posse do presidente da República.
Dividida em dois atos, a solenidade começa na Assembleia Legislativa, onde ocorre a posse de fato, e se encerra no Palácio Piratini, com a transmissão do cargo. A previsão é que os eventos tenham duração total de três horas, com término por volta das 13h.
Protocolos
Às 9h, começa a recepção aos convidados na Assembleia. Todos serão levados ao plenário, que receberá o reforço de poltronas para abrigar autoridades e familiares. A chegada de Leite e do vice Gabriel Souza está prevista para as 9h40min. Eles serão recebidos pelo presidente da Casa, Valdeci de Oliveira (PT).
Às 10h, Valdeci abre a sessão, formando a Mesa com presidentes dos demais poderes. Na sequência, convoca os líderes partidários para, juntos, conduzirem Leite e Gabriel do gabinete da Presidência ao plenário. Após a leitura da lista de autoridades, com Leite e Gabriel sentados ao lado de Valdeci, a banda da Brigada Militar (BM) toca o Hino Rio-grandense.
Ao final do hino, o presidente pede a Leite que faça o juramento constitucional. O primeiro-secretário, Elizandro Sabino (PTB), lê o termo de posse do novo governador, a ser assinado por Leite. Em seguida, Gabriel repete o procedimento. O clarim da BM executa o Tema da Vitória e Valdeci faz um rápido pronunciamento. Leite então faz o discurso mais aguardado da cerimônia, no qual deve citar realizações do primeiro mandato e projetar os objetivos da nova gestão. Antes do encerramento, a banda da BM mais uma vez executa o hino do Estado.
Ao deixar a Assembleia, Leite e Gabriel atravessam a rua em direção ao Palácio Piratini, onde estarão sendo esperados pelo governador Ranolfo Vieira Júnior. No Salão Negrinho do Pastoreio, Ranolfo faz seu derradeiro pronunciamento no exercício do cargo. Em seguida, é lida a ata de transmissão do cargo, a ser assinada por Leite e Ranolfo.
Auxiliares
Tradicionalmente, neste momento o governador recém-empossado conduz o já ex-governador até a saída do Palácio. Como Ranolfo fará parte da nova gestão, ocupando uma diretoria do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), ele fica e inaugura seu retrato oficial na galeria dos ex-governadores.
Em seguida, Leite faz um novo discurso e dá posse aos secretários estaduais. A solenidade se encerra com os cumprimentos a Leite e Gabriel.
Secretários*
Na sexta-feira (30), via redes sociais, o governador reeleito, Eduardo Leite, anunciou mais dois nomes que irão integrar o primeiro escalão do futuro governo que assume no domingo. O atual secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Carlos Rafael Mallmann, permanece no cargo. Ele é filiado ao União Brasil. Na Inovação, assume a professora Simone Stulp, que hoje é secretária-adjunta. Simone é formada em Química Industrial pela Universidade Federal de SantaMaria (UFSM) e já foi pró-reitora de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da Univates.
No comunicado, Leite anunciou ainda que o secretário de Planejamento, Cláudio Gastal, não ocupará mais uma secretaria, mas irá assumir a presidência do Badesul. No entanto, Gastal permanecerá no atual cargo em janeiro por questões legais relacionadas à nomeação no banco.
Até sexta, Leite havia definido nomes para 23 dos 27 postos previstos para o primeiro escalão, incluindo uma secretaria extraordinária ainda a ser criada. Seguiam sem titulares as pastas de Habitação, Justiça e Planejamento (essa última quando ocorrer a
saída de Gastal).
* Atualizado até 18h de sexta-feira (30)
Outros Estados também têm cerimônias
Além de Eduardo Leite, outros governadores tomarão posse neste começo de ano. Dos 18 governadores reeleitos, 12 obtiveram a vitória ainda no primeiro turno da eleição. Outros seis Estados precisaram dos dois turnos, inclusive o Rio Grande do Sul.
No país - governadores eleitos
Em primeiro turno
- Paraná - Ratinho Junior (PSD)*
- Mato Grosso - Mauro Mendes (UB)*
- Acre - Gladson Camelli (PP)*
- Roraima - Antonio Denarium (PP)*
- Tocantins - Wanderlei Barbosa (Republicanos)*
- Maranhão - Carlos Brandão (PSB)*
- Distrito Federal - Ibaneis Rocha (MDB)*
- Pará - Helder Barbalho (MDB)*
- Minas Gerais - Romeu Zema (Novo)*
- Rio de Janeiro - Cláudio Castro (PL)*
- Amapá - Clécio Luís (Solidariedade)
- Goiás - Ronaldo Caiado (UB)*
- Rio Grande do Norte - Fátima Bezerra (PT)*
- Ceará - Elmano de Freitas (PT)
- Piauí - Rafael Fonteles (PT)
Em segundo turno
- São Paulo - Tarcísio de Freitas (Republicanos)
- Bahia - Jerônimo Rodrigues (PT)
- Espírito Santo - Renato Casagrande (PSB)*
- Alagoas - Paulo Dantas (MDB)*
- Amazonas - Wilson Lima (UB)*
- Paraíba - João Azevêdo (PSB)*
- Mato Grosso do Sul - Eduardo Riedel (PSDB)
- Pernambuco - Raquel Lyra (PSDB)
- Rondônia - Coronel Marcos Rocha (UB)*
- Santa Catarina - Jorginho Melo (PL)
- Sergipe - Fábio (PSD)
*Reeleitos