O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, anunciou em coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira (22), que a sigla entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo para que sejam invalidados os votos do segundo turno das eleições "decorrentes das urnas eletrônicas em que forem comprovadas o mau funcionamento (modelos UE2009, UE2010, UE2011, UE 2013 e UE 2015)".
Segundo Costa Neto, um estudo técnico encomendado pelo partido encontrou "inconsistências" nas urnas de modelos mais antigos, fabricadas anteriormente ao ano de 2020.
— Segundo foi apurado pela nossa área técnica contratada, essas inconsistências não permitem a testagem do resultado que as urnas efetivamente registraram. Isso não quer dizer que ocorreu uma fraude, mas que há a possibilidade — afirmou.
Apenas as urnas modelo UE2020 seriam perfeitamente auditáveis, de acordo com a peça do partido. No segundo turno, conforme a legenda, elas equivalem a 40,82% das utilizadas. Nesse universo, segundo cálculo do PL, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria vencido com 51,05% dos votos.
"Os votos válidos e auditáveis do segundo turno do pleito eleitoral de 2022 atestam resultado diferente daquele anunciado por esse TSE no dia 30/10/22, conferindo posição preferencial de 51,05% da população ao presidente Jair Bolsonaro", diz o texto.
Resposta
Em despacho, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, respondeu à petição do PL resslatando que "as urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022". Por isso, o magistrado exige que "sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas".