O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE) decidiu cassar a chapa responsável por governar o município de Redentora, no noroeste do Estado. O prefeito, Nilson Paulo Costa (MDB) e seu vice, Jaime Jung (PDT), não podem mais exercer seus cargos. Os dois foram julgados pela prática de abuso de poder político e econômico.
A decisão, por unanimidade, ocorreu em sessão na última sexta-feira (14). Além da cassação, a Corte definiu que Costa ficará inelegível até 2028. Caberá recurso, por parte da defesa dos dois envolvidos, que será julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A partir de agora, ocorre um processo interno entre o tribunal e a Câmara de Vereadores para que os diplomas sejam cassados e uma nova eleição seja organizada. Não há data para que isso ocorra.
Procurado por GZH, o prefeito de Redentora considera a decisão “uma grande injustiça” e garantiu que irá recorrer.
— Nosso trabalho e nossas lutas sempre foram pautados pela disciplina, pela ordem e pelo respeito. Em momento algum houve abusos. Sempre fizemos um trabalho limpo e transparente em favor do povo redentorense — aponta Costa.
A reportagem fez contato com Jaime Jung, mas até a publicação não teve retorno.
O município de Redentora possui cerca de 11 mil habitantes. A chapa foi eleita com 46,17% dos votos. Essa é a segunda cassação de prefeitos no Rio Grande do Sul em menos de uma semana. Na terça-feira (11), prefeito e vice de Capão do Cipó, na Região Central, também ficaram impedidos de exercerem seus mandatos.