O relator da PEC dos Benefícios, deputado Danilo Forte, defendeu o projeto, cercado de polêmicas, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta terça-feira (5). Forte afirmou que a proposta vai "dinamizar" a economia e gerar ambiente para o crescimento econômico. Além disso, disse que os governos federal e estadual têm recursos para as ações.
— Todos os Estados brasileiros e o governo federal tiveram excesso de arrecadação no ano passado. Meu Estado, o Estado do Ceará, que é muito mais pobre do que o Rio Grande do Sul, tem no caixa R$ 12 bilhões. De que adianta o governo rico e o povo passando fome? — argumentou.
Questionado sobre a movimentação para aprovação das medidas somente três meses antes da eleição, o relator respondeu:
— Infelizmente, ninguém conserta passado, a gente tem que cuidar do daqui para a frente.
Os benefícios previstos na PEC seriam mantidos somente até 31 de dezembro. Conforme o deputado Danilo Forte, é preciso que assim seja para evitar comprometer o orçamento do próximo governo.
— O que não dá é para deixar as pessoas passando fome e necessidade, a violência crescendo e o governo com o cofre cheio de dinheiro, mas não gastando — argumentou.
O parlamentar espera que o relatório do projeto seja apresentado nesta quarta-feira (6). Ele afirmou que vai trabalhar para que haja consenso no Legislativo federal em torno das propostas e colocou como "prazo-limite" para a aprovação o dia 15 de julho.
Benefício para motoristas de aplicativo
Questionado sobre a concessão de benefício a motoristas de transporte por aplicativo, também prejudicados pela alta no preço dos combustíveis, o deputado Danilo Forte disse que a inclusão disto na PEC ainda está em debate. O principal entrave seria a dificuldade operacional, dada a alta rotatividade da mão de obra neste segmento, e a falta de controle estatal sobre a categoria.
— Acho que é importante, sim, mas não posso dizer que será. Vou levar para o debate.
A mesma dificuldade existe em relação aos motoristas do transporte escolar, de acordo com Forte.
Ouça a entrevista completa
