A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou nessa sexta-feira (8) um parecer indicando que a compra de Viagra pelas Forças Armas foi superfaturada.
Foram analisados os registros da compra de 15,1 mil comprimidos pelo valor unitário de R$ 3,65, enquanto o valor médio no Painel de Preços do governo federal para o período é de R$ 1,81. Outro fator que aponta para o superfaturamento é que o Hospital Central do Exército registrou o preço de R$ 1,50 na aquisição do mesmo item.
A data da compra para a Marinha é 7 de abril de 2021, mas a dia da compra que atendeu o Exército é 14 de abril de 2021.
Segundo informações do O Globo, o relatório técnico orienta que o Tribunal determine um prazo de 90 dias para que o Hospital Naval Marcílio Dias, do Rio de Janeiro, adote as medidas administrativas pertinentes para apuração do débito. O texto precisa agora da aprovação do relator do caso no TCU, ministro Weder de Oliveira.
Os técnicos do TCU reforçam as informações passadas na representação feita pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) sobre superfaturamento na compra do medicamento.
— A equipe técnica constatou o superfaturamento e pediu o ressarcimento aos cofres públicos desse dinheiro gasto indevidamente. Nos hospitais públicos, falta até dipirona. E para as Forças Armadas o governo Bolsonaro libera compra superfaturada de Viagra — ressalta o deputado Elias Vaz.