A suspeita de superfaturamento na compra de 35 mil comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas será investigada a pedido do Tribunal de Contas da União (TCU). O caso ganhou visibilidade nesta segunda-feira (11), após pedido de explicações do deputado federal Elias Vaz (PSB). O procedimento foi aberto nesta terça-feira (12).
De acordo com o portal G1, o procedimento do TCU apura "desvio de finalidade em compras de 35.320 comprimidos de citrato de sildenafila, popularmente conhecido como Viagra, e a comprovação de superfaturamento de 143%". O relator do processo é o ministro Weder de Oliveira.
O medicamento é popularmente usado para o tratamento de disfunção erétil, mas também é administrado por pacientes com hipertensão arterial pulmonar — doença rara que faz com que a pressão arterial nos pulmões seja mais alta.
O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Bira do Pindaré (MA), começou na terça-feira (12) a recolher assinaturas para instalar o que chamou de CPI do Viagra.
De acordo com o levantamento, oito processos de compra foram aprovados desde 2020 e ainda estão em vigor neste ano. O medicamento aparece com o nome genérico sildenafil (citrato de sildenafila).
A compra estabelece comprimidos de 25 mg e de 50 mg. A maior parte das doses é destinada à Marinha, com 28 mil comprimidos. O Exército recebeu 5 mil e a Aeronáutica 2 mil cápsulas do remédio.