O Dia do Trabalho volta a ser marcado por ações nas ruas de cidades brasileiras neste domingo (1º), depois de dois anos de eventos virtuais. As pautas dos atos, segundo os organizadores, são a urgência da luta contra a desigualdade e a piora nas condições de vida da população sob o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Diversas cidades têm protestos promovidos pela Central Única dos Trabalhadores (Cut). Em São Paulo, espera-se que Luis Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato à presidência nas eleições deste ano, discurse na Praça Charles Miller.
Líderes sindicais, políticos e artistas falaram aos manifestantes. O vereador Eduardo Suplicy (PT), o deputado federal Orlando Silva (PCdoB), e o rapper Dexter se apresentaram ao público.
Em Brasília, cartazes faziam alusão à brutalidade durante o período ditatorial no Brasil e criticavam o governo Bolsonaro. Manifestações culturais também tomaram conta da Asa Norte, local em que acontecia o ato.
Um outro evento em homenagem ao centenário do político Leonel Brizola, reuniu apoiadores do PDT. O pré-candidato à presidência pela sigla, Ciro Gomes, discursou para o público presente. O pedetista aproveitou para criticar Lula, seu adversário da corrida presidencial:
— Chega na véspera da eleição e o Lula vem, descuidadamente, e diz que todo mundo deveria ter direito ao aborto. Ele próprio, oito anos presidente, não mexeu uma palha no assunto — afirmou Ciro, em alusão a uma fala do petista sobre o tema.
Em Porto Alegre, o evento foi cancelado por conta da previsão de chuva. Um ato estava previsto para as 10h, no Parque da Redenção. É possível que a ação seja remarcada, com divulgação de nova data ao longo da desta semana.
Em outras cidades gaúchas, o ato foi mantido. Em Caxias do Sul, centenas de pessoas participaram da mobilização, no salão da Igreja Capuchinhos, no bairro Rio Branco. A concentração teve início às 12h.