A renúncia de Eduardo Leite, e a consequente ascensão de Ranolfo Vieira Júnior ao cargo de governador do Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (31), vai exigir a troca no comando da Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP). Desde o início do atual governo, o vice-governador acumulava a função de secretário da Segurança, o que deixará de fazer ao assumir o comando do Palácio Piratini.
Além da questão prática, Ranolfo também precisa se afastar das atividades de secretário para o caso de concorrer à reeleição em outubro - o que é exigido pela lei eleitoral.
O novo governador do Estado tem afirmado a interlocutores que vai repassar o comando da SSP a um nome considerado “técnico”. A tendência é que o novo titular seja anunciado até o fim desta semana. A Segurança Pública é uma das pastas com resultados considerados mais positivos da atual gestão, tendo seus indicadores frequentemente destacados em atos políticos por Leite e integrantes do governo.
A chefe de Polícia, Nadine Anflor, seria uma das sucessoras naturais, mas tem planos de concorrer à deputada estadual. Secretários precisam se desincompatibilizar do cargo até sábado (2) para concorrer em outubro.
Dois nomes próximos a Ranolfo devem permanecer nos seus postos atuais. O delegado Antônio Carlos Pacheco Padilha seguirá comandando o RS Seguro, considerado um programa que gerou bons resultados. Já o atual secretário adjunto da SSP, Marcelo Frota, filiado ao Republicanos, chegou a ter nome aventado entre aliados políticos do governo, mas não deve ser o escolhido.
Um nome de extrema confiança de Ranolfo é o da delegada Flavia Colossi Frey, sua atual chefe de gabinete. Ela, contudo, seguirá como braço direito de Ranolfo, agora no Piratini.