Um dia após o anúncio da vacinação contra a covid-19 em crianças de cinco a 11 anos, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro e não comentou diretamente sobre a imunização infantil, que demorou 20 dias para ser incluída pelo governo federal e está prevista para iniciar em janeiro.
Na manhã desta quinta-feira (6), durante o lançamento do programa Cuida Mais Brasil, que vai ampliar o número de pediatras e ginecologistas-obstetras nos postos de saúde, Queiroga fez uma referência indireta à mistura do seu sobrenome com o personagem bíblico Herodes, rei conhecido por mandar matar bebês na antiga Belém.
O titular da Saúde foi chamado de “Queirodes” nas redes sociais por conta do atraso envolvendo a vacinação infantil no Brasil.
— Vieram à tona outros personagens bíblicos. Eu prefiro lembrar de José, que levou Maria a Belém para que ela tivesse seu filho em segurança. E é esse o compromisso do governo do presidente Jair Messias Bolsonaro. Compromisso com a segurança da mãe e das nossas crianças que são o futuro do nosso Brasil — disse o ministro da Saúde.
O governo federal decidiu incluir as crianças de cinco a 11 anos na vacinação contra a covid-19 e voltou atrás na exigência de receita médica para aplicação das doses. O anúncio foi feito quase um mês após a aprovação da vacina da Pfizer pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A indefinição sobre a imunização dos pequenos gerou críticas ao governo Bolsonaro, que decidiu fazer uma consulta e uma audiência pública, além de coletar mais dados científicos, antes de anunciar o início da vacinação infantil.
A expectativa é de que a aplicação das vacinas nessa faixa etária comece a partir da chegada das primeiras doses pediátricas da farmacêutica ao Brasil, o que deve acontecer no dia 13.