Quase 24 horas depois do anúncio da inclusão das crianças na vacinação contra a covid-19, o Ministério da Saúde lançou um programa para ampliar a presença de pediatras e ginecologistas-obstetras no Sistema Único de Saúde (SUS).
O governo federal vai desembolsar R$ 194 milhões para financiar os profissionais nas equipes de saúde da família nos postos de saúde. Os municípios serão os responsáveis por definir se vão aderir ao programa e como os médicos serão contratados.
No evento de lançamento do programa, realizado em Brasília na manhã desta quinta-feira (6), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro e disse que o programa deixa “um legado para as futuras gerações do país”.
— Nós ampliamos o investimento na atenção primária à saúde. O que era R$ 17 bilhões chegou a R$ 25 bilhões – afirmou Queiroga, dizendo que solicitou ainda a ampliação do número de vagas federais em residência médica na área de pediatria.
A expectativa é de que os pediatras e ginecologistas-obstetras estejam atuando nas unidades de saúde em todo o Brasil em até quatro meses. A portaria oficializando o programa deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) da próxima terça-feira (11).
Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com 573 ginecologistas-obstetras e 531 pediatras atuando nas unidades básicas de saúde. Em todo o Brasil, são 5,3 mil e 5,7 mil, respectivamente. A pasta não informou, no entanto, quantos médicos a mais podem começar a trabalhar no Estado e em todo o país.
De acordo com o Ministério da Saúde, o atendimento à população é 53% maior nos postos de saúde que possuem pediatras vinculados às equipes de saúde da família.