Em sua participação na COP26 nesta segunda-feira (8), o ministro da Economia Paulo Guedes defendeu a criação de uma "Selva do Silício" na Amazônia através de "20 anos de desoneração" para empresas como Google e Tesla.
Segundo informa o G1, ao seu lado, na videoconferência, estava o ministro do Meio Ambiente Joaquim Leite. Ambos voltaram a falar sobre o chamado "Plano de Crescimento Verde", apresentado no dia 25 de outubro pelo governo, mas sem muitos detalhes divulgados.
Guedes chegou a citar Las Vegas, região desértica nos Estados Unidos, que de acordo com ele se transformou na "capital mundial do entretenimento".
— Imagine, não só o turismo, mas ser um pólo, a capital mundial, realmente, dos seminários executivos sobre economia verde, digital, sobre carro elétrico. Todos que quiserem se instalar lá (na Amazônia). É a selva do silício, por exemplo. Tem o vale do silício (região que reúne empresas de tecnologia na Califórnia), vamos fazer a selva do silício — disse.
Ainda usando o exemplo de Las Vegas, o ministro disse que a Amazônia teria potencial para se transformar na capital da economia verde e digital. Segundo ele, é preciso "trocar a vocação da região, indo para a vocação básica", que é a economia verde, onde o Brasil teria vantagem comparativa.
— Imagina se o Brasil dá 20 anos de isenção para "corportate tax" (impostos sobre empresas) para empresas como Tesla, Google, Apple. São empresas digitais, são empresas do futuro, são empresas verdes. Para se instalarem na região e transformarem aquilo na capital mundial da bioeconomia — propôs.