Nesta quarta-feira (6), o Supremo Tribunal Federal (STF) volta a julgar se o presidente Jair Bolsonaro deve depor presencialmente ou por escrito à Polícia Federal, no caso de suposta interferência do chefe do Executivo na corporação.
A pauta no plenário da Corte questiona se o chefe do Executivo pode se manifestar por escrito na investigação aberta a partir da denúncia do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro de suposto uso da corporação para proteger os filhos e aliados do presidente.
De saída do governo, Moro declarou, em abril do ano passado, que Bolsonaro estava operando mudanças na diretoria da PF para evitar que investigações atingissem seu círculo de alianças.
Em dezembro de 2020, o ministro Alexandre de Moraes, atual relator do inquérito, remeteu o caso ao colegiado do Supremo após Bolsonaro declarar, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), que não iria prestar depoimento.
O presidente está na condição de investigado. Uma das provas contra ele é o vídeo de uma reunião ministerial que ocorreu no Palácio do Planalto em 22 de abril de 2020. Na ocasião, Bolsonaro disse que iria "intervir" na superintendência da corporação no Rio de Janeiro, para beneficiar familiares, mas alega que fez referência à segurança pessoal da família dele, não à Polícia Federal.