A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai analisar as suspeitas de "rachadinha" no gabinete do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) a partir da próxima quarta-feira (3), com o retorno das atividades após o feriado do Dia de Finados. O parlamentar é ex-presidente do Senado e, hoje, comanda a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Segundo informações da Veja, o Procurador-Geral da República Augusto Aras buscará novos dados para complementar os depoimentos e documentos apresentados em reportagem na edição desta semana da revista.
Primeiro, deve ocorrer a coleta inicial de provas em uma apuração preliminar, instaurada na própria PGR. Depois, o procurador-geral decide se pede ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um inquérito contra o parlamentar ou se arquiva o caso.
A reportagem da Veja revela a história de seis mulheres, moradoras da periferia do Distrito Federal, que foram contratadas como assessoras do gabinete de Alcolumbre no Senado, entre 2016 e 2021, mas nunca trabalharam. Ainda de acordo com a matéria, todas confirmaram que deixavam a maior parte do salário com o gabinete do senador.
À revista, o senador Alcolumbre disse que não cuida de questões administrativas, como a contratação de funcionários. Conforme ele, essa tarefa ficava a cargo de seu ex-chefe de gabinete, exonerado em 2020. O parlamentar também afirmou que ninguém estava autorizado a ficar com os salários das servidoras.