Servidores e demais trabalhadores do Ministério da Saúde que estiveram com o titular da pasta, Marcelo Queiroga, antes da viagem dele aos Estados Unidos estão sendo testados para covid-19 nesta quarta-feira (22). O ministro testou positivo para a doença em Nova York, onde acompanhou a comitiva do presidente Jair Bolsonaro que foi à Assembleia Geral da ONU.
A suspeita é de que Queiroga tenha contraído o vírus ainda no Brasil. Dias antes de viajar aos Estados Unidos — a partida aconteceu no último domingo (19) —, ele cumpriu agenda em dois Estados e atendeu jornalistas em uma coletiva de imprensa em Brasília.
Na última quarta (15), o ministro esteve em Guarulhos (SP) e na cidade de São Paulo. No Estado, participou da cerimônia de entrega das últimas doses destinadas à primeira aplicação de vacinas para a população adulta. Também cumpriu agenda na sede da Pfizer Brasil e da farmacêutica Eurofarma.
Na quinta (16), Queiroga convocou jornalistas para explicar o recuo na orientação sobre vacinação de adolescentes sem comorbidades. GZH esteve na coletiva de imprensa, realizada no Auditório do Ministério da Saúde — durante todo o tempo, o ministro esteve de máscara.
Já na sexta-feira (17), o titular da pasta viajou para Natal (RN), onde lançou um plano nacional de testagem em massa para coronavírus.
Bolsonaro de volta ao Brasil
Apesar de a comitiva de Bolsonaro ter retornado ao Brasil na manhã desta quarta, Queiroga irá permanecer em Nova York pelos próximos 14 dias, cumprindo quarentena. Para quem voltou ao país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou um isolamento de 14 dias em Brasília, local do pouso da aeronave, e que os integrantes sejam testados em solo nacional.
O Palácio do Planalto e a Casa Civil ainda não se manifestaram sobre a recomendação da agência reguladora. Em nota, divulgada na noite de terça, a Presidência da República afirmou que o restante da comitiva fez exames e testou negativo para coronavírus antes do embarque ao Brasil.