A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirma que não há bloqueios de rodovias por parte de manifestantes no final da noite desta quarta-feira (8). A negociação se estendeu ao longo de todo o dia para que não houvesse mais interrupções de estradas por caminhoneiros, o que foi registrado durante o dia, tanto em rodovias federais quanto em pontos de gestão estadual.
Segundo o chefe da Comunicação Social da PRF, Felipe Barth, a intenção é, por meio do diálogo, garantir a segurança do trânsito e de quem quer realizar manifestação, além de permitir que quem precisa circular não seja obrigado a parar. Em entrevista a Rádio Gaúcha, afirmou que a negociação se deu direto com os manifestantes.
— Conseguimos negociar com os manifestantes, como em Sarandi, para fazer uma liberação de 30 em 30 minutos na BR-386. Havia durante a tarde diversos pontos com manifestantes, alguns com apenas um caminhão com uma faixa, e outros com caminhoneiros que estavam sendo obrigados a parar — relatou.
Conforme a PRF, relatos de discussões e ameaças entre os caminhoneiros foram registrados, mas não houve agressões físicas.
— A população pode rodar com segurança. Seguiremos monitorando os pontos onde há manifestantes nesta noite. Amanhã (quinta-feira), seguiremos com o trabalho que fizemos hoje (quarta). Quem quiser seguir viagem, vai seguir — reforça Barth.
De acordo com o presidente da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas do Rio Grande do Sul (Fetransul), Afrânio Kieling, as manifestações são formadas por caminhoneiros autônomos e que afirmam ser em apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Em entrevista também à Rádio Gaúcha nesta noite, disse acreditar que as manifestações serão encerradas nesta quinta-feira (9).
— Temos áudios de colegas nossos que estiveram em audiência com o presidente, no qual ele pede que não aconteça essa paralisação — afirma Kieling.
O presidente da Fetransul reitera que as pessoas não devem ir em busca de alimentos e combustíveis sem necessidade. Segundo ele, a situação está controlada no que diz respeito ao abastecimento do país. Ele afirmou que a entidade é contrária a bloqueios:
— São grupos de caminhoneiros. Não conhecemos uma liderança nacional que mande parar. Nós, enquanto uma federação das empresas, não aderimos e não concordamos com essa paralisação. Queremos que o Brasil produza. Trancar rodovia não é uma condição boa.