O presidente Jair Bolsonaro embarcou na manhã deste domingo (19) em voo para Nova York, onde participará da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Bolsonaro permanecerá nos Estados Unidos de 19 a 22 de setembro.
Bolsonaro antecipou, na quinta-feira (16), que deve defender a tese do marco temporal das terras indígenas em seu pronunciamento nos EUA. Em uma transmissão nas redes sociais, o presidente defendeu que um eventual veto do Supremo Tribunal Federal (STF) ao marco temporal "é um perigo para a segurança alimentar do Brasil e do mundo". Tradicionalmente, o chefe de Estado do Brasil faz o discurso de abertura na Assembleia Geral.
A comitiva oficial do presidente é formada por 15 pessoas, além de três intérpretes. O grupo inclui oito ministros, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a primeira-dama, Michele Bolsonaro, o filho deputado do presidente, Eduardo Bolsonaro, e o advogado Rodrigo de Bittencourt Mudrovitsch, como convidado especial.
A ida de Bolsonaro a Nova York e sua participação presencial na Assembleia Geral entrou em pauta durante a semana, após uma polêmica envolvendo a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 para participação no evento, uma vez que a cidade-sede da ONU passou a exigir o comprovante de vacinação para uma série de atividades, como circulação em ambientes fechados.
Na quinta-feira, no entanto, a própria organização confirmou que não exigirá comprovante de vacinação contra a covid-19 das autoridades que estarão presentes no evento. Dois episódios foram fundamentais para a mudança na orientação. O primeiro foi uma declaração da Rússia de que a exigência do documento seria discriminatória. Na sequência, o secretário-geral da organização, António Guterres, disse em entrevista à Reuters que "não pode dizer a um chefe de Estado que não estiver vacinado que ele não pode entrar nas Nações Unidas".
Enquanto isso, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, afirmou que a cidade vai fornecer testes de covid-19 de graça e doses da vacina da Janssen, de dose única, do lado de fora da sede da ONU.
Durante a ausência de Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão exercerá a Presidência.