
Designado para apresentar um parecer contrário à proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, o deputado Júnior Mano (PL-CE) renunciou à função. Ainda não está definido um novo nome para assumir a tarefa.
A proposta do voto impresso, bandeira do presidente Jair Bolsonaro, foi rejeitada na quinta-feira (6) com a derrota do parecer do deputado Filipe Barros (PSL-PR), por 23 votos contrários e 11 favoráveis, em comissão especial da Câmara.
Após o resultado, Júnior Mano foi escolhido para elaborar um novo relatório, que representa a rejeição ou o arquivamento da PEC. O novo texto seria apresentado nesta sexta-feira (6), em nova reunião da comissão que trata do tema, marcada para as 18h — apesar da desistência de Mano, o encontro está mantido.
Ainda nesta sexta, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fará um pronunciamento às 17h30min. O assunto dessa fala não foi informado, mas, nos bastidores, especula-se que o tema possa ser o voto impresso.
Há uma pressão para que Lira leve a PEC ao plenário da Casa, mesmo com a rejeição na comissão especial, o que é permitido pelo regimento.
— Regimentalmente, tem (essa possibilidade). Eu sinto que a gente vai ter que trabalhar — declarou Lira em entrevista coletiva na quinta. — É porque as comissões especiais funcionam de maneira opinativa, elas não são terminativas. Elas sugerem um texto, mas qualquer recurso pode fazer (com que a votação vá a plenário) — concluiu.
Na votação de quinta-feira, todos os deputados do Progressistas, partido de Lira, membros da comissão, foram a favor da PEC.