O PSB, partido que integra a base de apoio ao governo Eduardo Leite, fechou posição nesta segunda-feira (30) contra a proposta de privatização da Corsan. Com três deputados na Assembleia Legislativa, a bancada da legenda propõe que o governo abra o capital da estatal, com a venda de até 49% das ações, mas sem privatizar a companhia de água e esgoto.
O argumento central do PSB é de que a Corsan pública tem “forte atuação social” e é “lucrativa”. No texto, o partido também alega que a estatal pode melhorar a sua gestão e, por isso, recomenda “alternativas”, como as parcerias público-privadas e a abertura de capital.
“O PSB-RS decide fechar questão contra a perda do controle acionário público da Corsan, mas concorda e recomenda a abertura do capital, de até 49% das ações”, diz trecho final da nota assinado pelo líder da bancada, Dalciso Oliveira.
Mais experiente deputado da bancada, Elton Weber diz que a experiência do Estado de São Paulo orienta a posição do partido:
— O modelo é a Sabesp, que abriu capital e está funcionando muito bem.
Apesar de dissidências na base aliada, o governo do Estado tem sinalizado, nos bastidores, que tem maioria para aprovar, nesta terça-feira (31), em plenário, a privatização da Corsan.