O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reafirmou a união entre os poderes Executivo e Legislativo que, em sua opinião, aprimorou-se nos últimos anos, em detrimento das relações com a Justiça.
— Ninguém faz nada sozinho. Eu até costumo dizer que não são três poderes, são dois poderes: Executivo e Legislativo juntos e o Judiciário do outro lado — afirmou em discurso durante cerimônia de assinatura da ordem de serviço do Ramal do Apodi, no Rio Grande do Norte.
De olho na aprovação da PEC do voto impresso, de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), ele afirmou que as medidas do governo precisam ser "avalizadas pelo Parlamento", mas ressaltou o controle do Executivo sobre o orçamento.
— Muitos parlamentares têm boas propostas, mas no final das contas, quem vai botar a mão na massa é o Executivo — disse.
O presidente destacou também a harmonia entre ele e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Durante o discurso em Pau dos Ferros (RN), para a entrega de obras hídricas, Bolsonaro novamente se eximiu da responsabilidade pelas perdas econômicas durante a pandemia do coronavírus.
— Em nenhum momento, apesar de ter poderes para tal, eu fechei o comércio. Apesar de ter armas na mão, em momento algum impus o lockdown — defendeu-se.
Na cerimônia, Bolsonaro se referiu às Forças Armadas como "nosso Exército".
— Eu respeito, acima de tudo, a liberdade do nosso povo —disse.