O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quarta-feira (5) que nunca se omitiu no combate à covid-19 e fez afagos à China, primeiro país a sofrer com a pandemia.
— Eu sempre respeitei o vírus. Sempre desafiei a mídia a mostrar um áudio ou vídeo meu dizendo que era uma gripezinha — afirmou, em entrevista concedida no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Bolsonaro chamou a covid-19 de gripezinha pela primeira vez em março de 2020.
O presidente foi ao Rio de Janeiro à tarde para encontrar o governador Cláudio Castro (PSC) e antes de embarcar de volta para Brasília encontrou-se com Robson Nascimento de Oliveira, libertado após dois anos preso na Rússia. Ele foi ao país como motorista do jogador de futebol Fernando e acabou preso ao transportar, a pedido do patrão, um medicamento que é legal no Brasil e proibido na Rússia. Com a intervenção do governo brasileiro, Oliveira foi libertado no último domingo (2).
Ao atender a imprensa, o presidente discorreu sobre a covid-19:
— Eu dizia que pra mim era uma gripezinha. Pra mim, pelo meu passado de atleta — Bolsonaro afirmou. —Estamos fazendo a coisa certa. Nunca nos omitimos.
Bolsonaro negou que, em declarações dadas na manhã desta quarta-feira, tenha feito acusação de que a China esteja engajada numa guerra bacteriológica.
— Eu falei a palavra China hoje de manhã? Não falei. Eu sei o que é guerra bacteriológica, química, nuclear. Eu sei porque tenho informação, e só falei isso, mais nada — declarou.
Em seguida o presidente lançou um desafio sobre origem do coronavírus.
— Ninguém fala, vocês da imprensa não falam onde nasceu o vírus. Falem, ou estão temendo alguma coisa?
Depois, repetiu o afago ao principal parceiro comercial do Brasil.
— Eu não falei a palavra China. Muita maldade tentar aí um atrito com um país que é muito importante pra nós e nós somos importantes pra eles também.