O prefeito do Rio de Janeiro voltou a manifestar apoio ao nome de Eduardo Leite para uma possível candidatura à presidência do Brasil em 2022. À Folha de S. Paulo, Eduardo Paes, que pertence ao Democratas (DEM), ofereceu seu partido para abrigar o projeto presidencial do governador do RS, caso o embate interno no PSDB, com João Dória, governador de São Paulo, não seja solucionado.
— Tem um dever de casa do DEM, de modernizar o partido, se colocar como uma alternativa no projeto nacional a partir de 2022 e, eventualmente, atrair o Eduardo Leite. Não tenho problema em apoiá-lo no PSDB, mas as circunstâncias dele lá não conheço — afirmou.
Na segunda-feira (12), em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, o prefeito da Cidade Maravilhosa havia declarado, em primeira mão, apoio ao nome do gaúcho para o futuro comando do Palácio do Planalto.
— Eu acho o Eduardo Leite hoje o quadro mais qualificado do Brasil e quero dizer que se ele for em frente com essa candidatura presidencial dele, ele já tem um cabo eleitoral na cidade do Rio de Janeiro — anunciou Paes à Gaúcha.
Perguntado sobre os motivos que o levam a apoiar a eventual candidatura de Eduardo Leite à presidência da República, o prefeito do RJ disse ao jornal paulista que busca um nome de dentro da política e que "não quer um CEO" no comando do Brasil.
— Chega de invencionices. A ideia é buscar dentro da política quem tem mais capacidade de representar essa adaptação entre uma visão diferente na forma de fazer política, trazendo novas práticas, modernizando a gestão, e a qualidade inerente aos políticos que é construir pontes, estabelecer consensos e entender o sofrimento dos outros — afirmou.
Entre as características de Eduardo Leite, mencionadas pelo prefeito do RJ, que embasam a preferência pelo seu nome estão capacidade de gestão e de construção de consensos, já que o gaúcho demonstraria habilidade para dialogar com diferentes campos.
— Ele fez um super ajuste no Rio Grande do Sul. Conseguiu construir consensos políticos para essas reformas, o que é muito difícil com a política polarizada que o Estado tem. O PSDB é o maior partido na Assembleia gaúcha? Não. E ele consegue maioria. Loteou o governo para isso? Não. Ele acena de outro jeito. Será que ele acena dizendo não ser candidato à reeleição e, portanto, o permite reconstruir o Estado? Isso é um desprendimento fantástico — disse Paes à Folha.