Um dia após usar expressão chula em um vídeo sobre máscaras de proteção contra a covid-19, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) publicou a foto de uma suposta carta suicida e do cadáver de um trabalhador endividado. Até as 20h54, havia 2,6 mil compartilhamentos da postagem.
"Desnecessária essa publicação, que não foi feita com o sentido de acalmar a família enlutada e sim de tentar desgastar a imagem de um oponente político. Em que mundo vivemos, em que as pessoas tiram proveito político até da morte dos outros? Lamentável. O único nome que cabe a vc nobre deputado é inconsequente", criticou um internauta.
Entidades como o Centro de Valorização da Vida (CVV) desaconselham a divulgação de cartas, bilhetes e fotos de suicidas. "O teor dessas mensagens não deve ser divulgado", diz uma cartilha do CVV. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também não recomenda tal divulgação.
Eduardo Bolsonaro repetiu o gesto do pai, o presidente Jair Bolsonaro, que, mais cedo, na transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, leu o conteúdo da carta, ao criticar as restrições impostas por governos de Estados para conter a propagação do novo coronavírus. Na live, Bolsonaro voltou a atacar "a política do fique em casa".