O senador Major Olimpio (PSL-SP) teve sua morte cerebral anunciada pela sua assessoria de imprensa na tarde desta quinta-feira (18). Com covid-19, o parlamentar estava internado na UTI do hospital São Camilo, em São Paulo, desde 5 de março.
Sergio Olímpio Gomes tinha 58 anos e foi eleito para ser um dos três representantes de São Paulo no Senado em 2018, quando recebeu 9.039.523 votos.
"Com muita dor no coração, comunicamos a morte cerebral do grande pai, irmão e amigo, Senador Major Olimpio. Por lei a família terá que aguardar 12 horas para confirmação do óbito e está verificando quais órgãos serão doados. Obrigado por tudo que fez por nós, pelo nosso Brasil", afirma o comunicado postado nas redes sociais do senador.
Major Olimpio é o terceiro senador a morrer de covid-19 no Brasil. A doença já havia vitimado Arolde de Oliveira (RJ), no dia 21 de outubro de 2020, e José Maranhão (PB), em 8 de fevereiro de 2021. O primeiro suplente do senador é o empresário Alexandre Giordano, e o segundo é o atual ministro da Ciência e Tecnologia Marcos Pontes.
O presidente da República Jair Bolsonaro, de quem Olímpio foi aliado na eleição de 2018, cancelou a sua ida ao Congresso Nacional para entregar a Medida Provisória do auxílio emergencial. O Senado decretou luto de 24 horas em sua memória, suspendendo as atividades legislativas.
Biografia
Paulista de Presidente Venceslau, Sérgio Olímpio Gomes presidiu associações de oficiais da Polícia Militar do Estado antes de ingressar na política partidária. Sua primeira eleição foi para deputado estadual, pelo PV, em 2006, quando recebeu 52.386 votos. Em 2010, filiado ao PDT, foi reeleito com 135.409 votos. Foi candidato e eleito deputado federal em 2014 com 179.196 votos. Em 2015, se filiou ao Solidariedade, partido pelo qual foi candidato a prefeito de São Paulo em 2016 - recebeu 116.870 votos e ficou em 6º lugar na eleição.
Em março de 2018, em apoio à candidatura de Jair Bolsonaro, se filia ao PSL e se elege senador pelo Estado de São Paulo. Ele rompe com o presidente em 2019, quando se recusa a tirar a assinatura da CPI da "Lava-Toga".