Após aparecer na página da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) no site da Câmara dos Deputados que ela seria titular da Secretaria da Mulher, a informação foi desmentida pela secretária, Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO). Conforme a parlamentar do Democratas, "todas as mulheres (deputadas) estão como titulares (...) durante o processo de votação remota".
– Foi feito um sistema para realizarmos nossas reuniões na secretaria. Todas as deputadas estão como titulares, como se fossem de uma comissão. Por isso o nome dela está lá – disse Dorinha ao site Congresso em Foco.
Nas redes sociais, Flordelis já havia afirmado que todas as deputadas mulheres constavam como titulares da secretaria, e que não foi indicada a nenhum cargo. Ao Congresso em Foco, a assessoria da deputada informou que ela está "focada no exercício do mandato e em sua defesa na Justiça".
A deputada do PSD foi denunciada como mandante do assassinato do pastor Anderson do Carmo, assassinado com mais de 30 tiros em junho de 2019. Segundo a investigação, a deputada teria tentado envenenar o marido pelo menos quatro vezes antes do assassinato a tiros. Ela foi indiciada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa.
Flordelis não pode ser presa por causa da imunidade parlamentar, mas corre o risco de perder o mandato de deputada porque está sendo investigada também pela Mesa Diretora da Câmara. A Procuradoria de Justiça já deu parecer favorável para afastar a deputada enquanto durar o processo criminal sobre a morte de Anderson.