Onze centrais sindicais que representam trabalhadores no Rio Grande do Sul encaminharam uma carta, nesta quarta-feira (24), ao governador Eduardo Leite pedindo medidas mais duras para conter o avanço do coronavírus. No texto, pedem que Leite, diante do agravamento da pandemia, suspenda a cogestão – mecanismo que permite aos prefeitos adotarem regras mais leves do que as previstas no sistema de distanciamento controlado.
“Ante o agravamento da pandemia em todo o Estado e o iminente colapso das emergências hospitalares, entendemos como fundamental a suspensão da cogestão com os municípios, não devendo o governo de Vossa Excelência adotar a mesma prática do governo federal que omitiu-se repassando aos Estados a responsabilidade de conter a pandemia”, diz o documento entregue no Palácio Piratini.
O texto dos sindicalistas ainda recomenda que, caso a pandemia siga piorando no Estado, o governador adote o chamado “lockdown” – estratégia que, de forma genérica, prevê o fechamento de todas as atividades não essenciais e controle na circulação da população.
Os sindicalistas ainda elogiam Leite por adotar uma postura pública diferente da do presidente Jair Bolsonaro acerca do tema, mas alegam que falta ao governo do Estado “atender as reivindicações da sociedade gaúcha, principalmente, as demandas da parcela que mais sofre as consequências desta pandemia, que é a classe trabalhadora”.
O texto, que reforça o pedido pela compra de vacinas, é assinado por Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas) e Central Pública do Servidor.