O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta sexta-feira (18) oito pessoas por fraude na saúde pública de Rio Pardo. O órgão não informou os nomes dos denunciados, mas GZH apurou que entre eles estão o ex-prefeito da cidade Rafael Reis Barros. O desvio de recursos — cerca de R$ 10 milhões — ocorria, segundo as investigações, por meio da empresa terceirizada que administrava o Hospital Regional do Vale do Rio Pardo. A instituição hospitalar está sob intervenção judicial.
Também foram denunciados o ex-procurador jurídico do município Milton Schmitt Coelho, o ex-secretário-geral do partido Solidariedade no Estado Carlos Alberto Serba Varreira, um dos fundadores da Associação Brasileira de Assistência Social, Saúde e Inclusão (Abrassi) Edemar João Tomazeli, um dos sócios da entidade Renato Carlos Walter e outras três pessoas.
A denúncia apresentada pela procuradora da República Jerusa Vieceli compreende o período de janeiro de 2017 a outubro de 2018 e envolve os crimes de corrupção ativa e passiva, fraudes licitatórias, peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O prejuízo estimado aos cofres públicos nessa parte da investigação é de R$ 10 milhões. Outras denúncias ainda serão apresentadas.
A Operação Camilo foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) em maio deste ano. A estimativa inicial da PF é de um desvio de pelo menos R$ 15 milhões dos cofres públicos de Rio Pardo. São 14 indiciamentos nos três relatórios enviados à Justiça até o momento, sendo que há pessoas indiciadas mais de uma vez.
O que dizem os denunciados
Os advogados Ezequiel Vetoretti, Rodrigo Grecellé Vares e Eduardo Vetoretti, que defendem Rafael Reis Barros e Milton Schmitt Coelho, preferiram não se manifestar.
GZH tenta contato com os demais denunciados.